sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Janeiro


E lá vem aquele blá blá blá de que o ano só começa depois do carnaval. Aí fica aquele limbo. Aquela preguiça e sensação de que nada acontece.

Já perturbei uma garota que veio atrás de mim, com intenções duvidosas. Cara, qual é a dificuldade de falar que quer sexo ? Mulher gosta de joguinhos e eu não tenho muita paciência. Por isso, já não fico com uma há anos. O custo benefício não me é vantajoso. Quando a máscara dela caiu, resolveu me bloquear. Quer enganar um jovem senhor ? Precisará se esforçar mais.

Me estressou, vou irritar também. A não ser que eu ame ou precise daquela pessoa. Ou ainda seja obrigado a conviver com ela, como no trabalho. Não sendo nenhuma dessas opções, nada me impede de mandar pro inferno.

Ontem, me desapontei um pouco com o príncipe. Resolvi ir ao cinema, me distrair. Estreou o novo filme do Tarantino ( Os oito odiados ). Passei no mercado e dá-lhe Crunch, Baconzitos e Fanta Uva. As três horas de filme voaram. Não entendo como tem gente que não sabe como é bom ir ao cinema sozinho.

Aliás, dá pra fazer muita coisa sozinho. Esse povo que é carente demais.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Retrospectiva 2015


Talvez 2015 tenha sido o mais corrido dos últimos 6 anos pra mim. Com certeza, foi o ano em que menos postei e comentei nos blogs amigos.

2015 foi o ano 30 na minha vida. Fazer 30 anos, queiramos ou não, é um divisor de águas. Ter atitudes de alguém de 20 passa  a ser ridículo.

Como postei, por alto, por aqui... viajamos pro Sul no meu aniversário. Longe de família, só com meu namorado. Nem atendi celular durante uma semana. Além de nunca ter andado de avião, pude conhecer novos cantos do Brasil que não conhecia. Aliás, comparado ao RJ, Florianópolis nem parece Brasil. O comportamento é super recatado. Quem sabe um dia, possamos ir para lá, de vez.

Nesse ano que passou, perdi muitas amizades. Ganhei algumas. Reciclei outras. Às vezes é como eu li no blog Amar é sentido : É quase que uma afronta para o mundo gay estar em um relacionamento duradouro. Há muita inveja velada. Procurei aguçar meu faro quanto a isso, pra proteger meu namorado, que é mais vulnerável. É o relacionamento que eu menos escrevo sobre ou mostro para qualquer um. Nos anteriores, como os momentos bons eram raros, sobrava tempo pra escrever.

Não que tudo sejam flores. Nesse ano tivemos brigas de dar inveja a vários filmes. Estivemos à beira da separação algumas vezes. Tivemos que nos virar pra aparar as arestas. Saímos fortalecidos, para as próximas etapas. 

Brigas, aliás, que despertaram de vez o meu lado negro. Sabe aquela linha que é o limite pra não fazer merda ? Acho que todos temos. Aconteceu algo que passou desse limite. E pra eu voltar ao normal, depois da tempestade, foi um custo. Ao ponto de eu procurar ajuda a um profissional da psicologia.

Concluí o penúltimo período da faculdade, aos trancos e barrancos. Com dois punhados de sorte. Não suporto mais o ambiente de sala de aula, com pessoas sem noção e que não respeitam os professores. Se eu fizer outra graduação, será a distância, com certeza.

Percebi, de uma vez por todas nesse ano, a importância de passar um tempo sozinho. No silêncio. Passei a passar meia hora, após o almoço, em alguma livraria ou biblioteca. Lendo ou ouvindo alguma música relaxante, sem ser incomodado. Esse pequeno tempo diário fez com que eu recarregasse as minhas energias. Foi um ano de muitas informações e foi preciso algo do tipo pra assimilar e não pifar o cérebro.

A principal conquista, sempre será, a manutenção do nosso relacionamento. É necessário matar um leão por dia pra dar amor e entender o outro lado.
Mas depois dessa, consegui uma grande conquista, usando toda minha ousadia : Pedi demissão de uma empresa que estava me matando, diariamente. Muitos me chamaram de louco, por perder dinheiro e arriscar ir pra outra empresa, em plena crise. A questão é que não consigo mais ficar em um lugar que não me sinto bem. 
O clima era poluído de corrupção, inveja e frustração. Pessoas derrotadas e fadadas a continuar ali só pelo medo de arriscar ver o novo. Era como a história da caverna de Platão, em que as pessoas não acreditavam haver vida lá fora. 
Fui para uma empresa infinitamente melhor. Claro, que com muito mais responsabilidades. Mas me virei e estou no sexto mês, já tendo passado o período de experiência. Foi preciso honrar o que se tem no meio das pernas.

Relação com a família ? De mal a pior. Só falamos o indispensável. Tenho ficado o mínimo de tempo em casa. Planejando sair da casa dos meus pais, de uma vez por todas, em 2016. Estou ciente dos gastos, mas a sensação de liberdade será gratificante. Já passou da hora, mas eu precisava estar terminando a faculdade, pois pagá-la, juntamente com aluguel e contas seria dose.

Esse ano eu devorei os livros do falecido guru indiano chamado Osho. Cheguei a organizar uma prateleira com algumas de suas obras. O que mais me marcou até agora, chama-se O livro do ego. Consegui lê-lo todo, logo em um ano em que meu ego esteve no limite da destruição. Recomendo a todos.

Teatro... ah ! Continuo indo, em média, duas vezes ao mês. Fiquei emocionado ao assistir a performance do Grupo Corpo, no Theatro Municipal. Algo perfeito, num padrão europeu de qualidade. Uma outra peça que gostamos muito, foi a adaptação da obra The Pillowman para os palcos. Atuações de gala, em uma peça de mais de duas horas. Além de eu assinar um plano de cupons pra teatro, a empresa onde trabalho patrocina várias peças, distribuindo ingressos aos funcionários.

Cinema... bom... esse ano foi um pouco fraco. Acho que fomos pouco em relação a 2014. Destaques apenas para " A dama dourada ", com Hellen Mirren, " Homem Irracional ", de Woody Allen, com Joaquim Phoenix e " Um senhor estagiário ", com De Niro e Anne Hathaway. Esse sim, o filme do ano. ! Já ia me esquecendo de Birdman, que vimos em pleno sábado de carnaval. Que grata surpresa o Oscar nos presenteou ! Agradeço por terem saído da mesmice.

No quesito musical, me encantei ao descobrir o talento de Magdalena Kozena e Philippe Jaroussky. Dois solistas de primeira linha. Handel, Bach e Vivaldi ficariam hiper orgulhosos ao verem suas obras sendo interpretadas de forma magistral, em tempos de escassez de talentos. E também pudemos assistir de perto dois excelentes shows : Da violinista Lindsey Stirling e da grande Adriana Calcanhotto.




Foi mais ou menos isso. E como foi o 2015 de vocês ?

Agora é esperar a baderna que chamam de carnaval e procurar um cantinho pra esperar a poeira passar.