sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Un giorno senza te



Não entendo essa de sexta-feira. As pessoas são quase obrigadas a serem felizes, encher a cara de álcool e aqui no RJ, almoçar feijoada.

Mas quem diabos começou isso ? Sexta é um dia hiper normal. Um dia útil, pra dizer a verdade. Esse povinho que só pensa no amanhã, acaba achando que sexta é um quase sábado. Mas aí o domingo desse povinho hetero vira quase segunda. Dá no mesmo ? Daria, se não fossem as lamentações e o caos que vira sexta-feira no Centro do RJ.

Por essas e outras, eu optei pelo horário de 18h às sextas, no psicólogo. Ninguém quer esse horário. Estão todos bebendo. Comemorando não sei o quê, no modo automático. Aí se você vê uma pessoa comum bebendo numa segunda-feira, vai recriminá-lo ! Ora essa, que ousadia. Se todos bebem na sexta, porque você quer ser diferente ?

" E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar ! "

No mais, após eu desentendimento, estou afastado do namorado. É um impasse que parece ser antigo  que diz respeito a minha individualidade. Algo que fomos colocando debaixo do tapete e fingíamos ter resolvido. Só que dessa vez ou conserta ou quebra de vez.

Às vezes alguns dias a só faz bem.

Nessas horas, eu sempre fico cantarolando uma música da Laura, que se chama Un giorno senza te ( Um dia sem você ). De um CD muito antigo ( Le cose che vivi , 1996 ).




quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Money


Dezembro chegou. E que ano foi esse !

Vendo pelo lado financeiro, não fiz grandes loucuras. Confesso que gastei um bocado com livros e Dvds / Blu Ray, que são minhas paixões no quesito material, mas nada de arrancar os cabelos.

E namorar gasta. Bastante. Nos últimos meses, tive a brilhante idéia de começar a nos hospedar em hotéis, ao invés de motéis. O custo baixou consideravelmente e conseguimos passar mais tempo juntos.

Meu namorado só conseguiu trabalhar dois meses neste ano. Fiquei um pouco sobrecarregado, mas não deixei a peteca cair. Mesmo apertado, fiz de tudo pra sairmos sempre nos finais de semana. Vários filmes, peças, shows e restaurantes legais. Sem contar a viagem que fizemos pra SC, em março.

Somando tudo isso, ainda arrisquei. Pedi demissão em um emprego em que eu estava hiper insatisfeito, pra ir pra uma empresa bem melhor. Porém, fiquei com o FGTS retido, o 13º foi usado em agosto ( proporcional ) e férias... ah, férias... só vencerão agora em agosto de 2016. Mesmo assim, foi um alto risco e uma grande vitória.

Meses depois, consegui um emprego pro meu namorado. Pra trabalhar de segunda a sexta e ainda por cima, perto de mim. Um golpe de sorte somado a uma dose extra de perseverança.

Consegui começar a comprar meus remédios pra neuropatia motora, mesmo que experimentais. Serão uma alternativa pra frear o avanço da doença. Recentemente, levei um tombo repentino, mesmo parado. As pernas não me obedeceram e acabei caindo. No dia seguinte, acabei deixando meu celular cair na caneca de água, por perder o controle da mão, naquele momento.

Fiquei algumas semanas com um telefone antigo, sem android. Estava na ânsia de comprar um MP4. Sinto muita falta de ouvir música em um dispositivo rápido. Acabei optando por comprar um celular novo, após alguns dias de pesquisa. Não trocaria, se ainda tivesse o antigo. Mas o conserto sairia mais caro que um novo. 

Não me senti culpado. Se tem alguém que merece um presente por este 2015, esse alguém sou eu.

Sem falsa modéstia.

Afinal, quem trabalhou pra comprar tudo isso, foi o cara que vos escreve.

Até breve.


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sobre aparecer


Confesso que fico agoniado quando reparo naquele tipo de pessoa que adora aparecer. 

É verdade. E o conceito de " querer aparecer ", varia de pessoa pra pessoa. Óbvio. Mas sabe aquela pessoa que curte a própria foto no Facebook ? Então... tipo essa !

Eu, ultimamente, tenho lutado bastante pra permanecer no anonimato em várias áreas da minha vida. A conta é simples : Quanto menos eu aparecer, menos perrengue eu terei. Sabe aquela máxima que acabou virando filme ? As vantagens de ser invisível. É por aí...

E vejo gente vendendo a alma, sendo falso, fazendo social com quem não gosta. A troco de quê ? Ainda sou obrigado a ouvir que não sobrevive no mundo corporativo aquele que é sincero e tem personalidade. Se isso for verdade, eu vou continuar pulando de galho em galho. Não curto isso.

- Ah, mas você nunca vai ser ninguém assim ! Com esse pensamento pequeno. 

Pequeno ? Ah, meu amigo... pequeno é ser hipócrita. É querer parecer uma coisa e ser outra completamente diferente. Ser responsável por nosso destino é pra poucos. A maioria gosta de jogar a culpa para o outro... e sempre ! Ah, eu seria feliz e realizado se não fosse meu namorado, meu filho, meu cachorro, meus pais, os políticos. Sobra até pra Deus. Mas olhar pro próprio umbigo e assumir a culpa.. nunca, né ?

Esse é o preço de ser livre. Saber que não podemos jogar a culpa pra ninguém. Se der certo, o mérito é nosso. Se der errado, a culpa é nossa também. Mas ora essa, ninguém quer assumir a culpa quando der errado, não é mesmo ? 

A maior morte consiste quando o medo de perder é maior que a vontade de ganhar.

A melhor forma de se aproximar da paz é não querer ser alguém. Já existem pessoas demais querendo isso. Prefiro ir no contra fluxo. A paisagem me agrada mais.

E pensar que gelei quando me pediram pra apresentar três slides em uma reunião de diretoria. Em dois tempos, apareceu alguém se oferecendo pra apresentar no meu lugar e aparecer mais pra chefia.

Vá com Deus.